terça-feira, 9 de março de 2021

Manifesto a saudade do Festival Palhaçada

 



Saudades de um Festival Palhaçada né meus filhos?? Eu tenho muitas.

A última edição do festival aconteceu em janeiro de 2018, lá se vão 3 anos desde sua realização. E esta edição em especial, que foi a quinta, teve para mim um sabor muito especial porque marcou 10 anos da primeira edição.

O Festival Palhaçada é (me recuso a usar “era”) realizado com recursos das leis de cultura do estado e município, e de 2018 pra cá muita coisa mudou nesse tópico. O governo do governo estadual que assumiu a partir de 2019 extinguiu a Lei Goyazes, que era a principal fontes de recursos do festival. E em 2020 a infame pandemia está fazendo história em nossas vidas.

Em 5 edições em 10 anos o Festival Palhaçada realizou 41 dias de evento, com 61 espetáculos, uma média de público de aproximadamente 200 pessoas por espetáculo, realizamos 22 atividades formativas para a classe artística e comunidade, em cada edição a média de equipe formada para sua realização é de 15 pessoas e uma média de 35 artistas por edição de 9 estados brasileiros e mais dois países.

Mas pra mim, muito mais que estes números o que mais trago da realização do festival é cada abraço, perrengue (e foram muitos), correria (não foi pouca), apoio dos amigos, cada sorriso das crianças na plateia, espetáculos que sempre me encantaram, amigos que fiz e estão espalhados por aí (que graças a Papai do Céu também são muitos).

Hoje além das dificuldades de políticas públicas acessíveis para a realização do evento, essa pandemia também nos trucida exaustivamente. O setor de eventos e entretenimento com certeza o mais afetado por essa triste situação, não tem ao menos perspectiva de quando será novamente seguro voltar a atuar. Apesar de ser muitas vezes a válvula de escape para este momento de estresse.

Hoje bateu saudades dessa correria gostosa que mudou para sempre minha vida, bateu saudade de abraçar cada palhaço, cada malabarista, trapezista, mágico, cada circense que o festival teve a honra de receber.

“Temos arte para morrer de verdade” e o Festival Palhaçada, no que depender me mim, seguirá. E assim que as condições existirem novamente uma nova edição há de ser realizada. Enquanto nosso reencontro não vem, manifesto minha saudade aqui nesse texto.

Murilo Garcez


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