Saudades de um Festival Palhaçada né meus filhos?? Eu tenho
muitas.
A última edição do festival aconteceu em janeiro de 2018, lá
se vão 3 anos desde sua realização. E esta edição em especial, que foi a quinta,
teve para mim um sabor muito especial porque marcou 10 anos da primeira edição.
O Festival Palhaçada é (me recuso a usar “era”) realizado
com recursos das leis de cultura do estado e município, e de 2018 pra cá muita
coisa mudou nesse tópico. O governo do governo estadual que assumiu a partir de
2019 extinguiu a Lei Goyazes, que era a principal fontes de recursos do
festival. E em 2020 a infame pandemia está fazendo história em nossas vidas.
Em 5 edições em 10 anos o Festival Palhaçada realizou 41 dias
de evento, com 61 espetáculos, uma média de público de aproximadamente 200 pessoas
por espetáculo, realizamos 22 atividades formativas para a classe artística e
comunidade, em cada edição a média de equipe formada para sua realização é de
15 pessoas e uma média de 35 artistas por edição de 9 estados brasileiros e mais
dois países.
Mas pra mim, muito mais que estes números o que mais trago
da realização do festival é cada abraço, perrengue (e foram muitos), correria
(não foi pouca), apoio dos amigos, cada sorriso das crianças na plateia, espetáculos
que sempre me encantaram, amigos que fiz e estão espalhados por aí (que graças
a Papai do Céu também são muitos).
Hoje além das dificuldades de políticas públicas acessíveis para
a realização do evento, essa pandemia também nos trucida exaustivamente. O
setor de eventos e entretenimento com certeza o mais afetado por essa triste
situação, não tem ao menos perspectiva de quando será novamente seguro voltar a
atuar. Apesar de ser muitas vezes a válvula de escape para este momento de estresse.
Hoje bateu saudades dessa correria gostosa que mudou para
sempre minha vida, bateu saudade de abraçar cada palhaço, cada malabarista,
trapezista, mágico, cada circense que o festival teve a honra de receber.
“Temos arte para morrer de verdade” e o Festival Palhaçada,
no que depender me mim, seguirá. E assim que as condições existirem novamente
uma nova edição há de ser realizada. Enquanto nosso reencontro não vem, manifesto
minha saudade aqui nesse texto.
Murilo Garcez
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